Crítica: “Bad Boys: Até o Fim” empolga e diverte sem arriscar muito

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A imagem mostra uma cena de "Bad Boys: Até o Fim" a fim de ilustras a crítica do filme.

Bad boys, bad boys, whatcha gonna do? Whatcha gonna do when they come for you?“, diz a canção da banda Inner Circle que embala como um verdadeiro hino a trilha sonora de “Bad Boys: Até o Fim“, mais recente capítulo da popular franquia de ação dos cinemas. Podendo ser descrito como uma empolgante sessão pipoca que diverte sem arriscar muito, o filme (que já foi visto por mais de 1 milhão de pessoas no Brasil) prova que, mesmo tendo sua primeira história apresentada ao público na década de 90, ainda tem fôlego para novas tramas!

“Bad Boys: Até o Fim”: o equilíbrio entre ação e humor

Estrelado mais uma vez por Will Smith e Martin Lawrence, que dão vida aos personagens Mike Lowrey e Marcus Burnett respectivamente, o longa acompanha a dupla de detetives numa perigosa missão para proteger a honra do falecido capitão Howard, que envolve corrupção e dramas familiares.

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Novo “Bad Boys” combina ação e humor na medida certa. (Imagem: divulgação)

Com pouco mais de duas horas de duração, “Bad Boys: Até o Fim” é uma produção tipicamente hollywoodiana, que evoca o estilo dos grandes blockbusters de meados dos anos 2000. Novamente sob a direção de Adil & Bilall, que comandaram o título anterior (“Bad Boys: Para Sempre”, de 2020), este novo filme combina ação e humor na medida certa, personagens carismáticos e um tocante fator coração que resulta em puro entretenimento cinematográfico!

De fácil entendimento e até bem mastigadinho, o roteiro escrito por Chris Bremner não exige muito do espectador e possui um bom ritmo de desenvolvimento da trama. Além disso, o texto também explora novas camadas de personagens introduzidos no longa anterior, como por exemplo o filho de Mike Lowrey, vivido pelo ator Jacob Scipio; e ainda aborda questões étnico-raciais nas entrelinhas, tudo isso sem perder o foco principal da história.

Entretenimento para as telonas

Já de um ponto de vista mais técnico, “Bad Boys: Até o Fimpossui uma montagem frenética com cortes rápidos e planos com pouca estabilidade de câmera; que para além de conferir uma sensação de urgência à ação, também mantém o olhar da plateia mais fixo na telona, sem espaço para dar aquela reprovável olhadinha no celular durante a projeção. No entanto, se por um lado tal decisão criativa é funcional e até interessante, por outro escancara o quão baixa está a capacidade do espectador de manter o foco em algo que dure mais que dois minutos por conta da forte influência dos feeds infinitos das redes sociais (especialmente o TikTok), o que obriga os cineastas a repensar a maneira como contam suas histórias.

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Will Smith e Martin Lawrence continuam em sintonia como o cerne da franquia. (Imagem: divulgação)

Mas se tem algo que funciona muito bem sem ressalvas é a química quase tangível entre Will Smith e Martin Lawrence! A dupla possui uma harmonia em tela que só se alcança com o tempo, uma vez que por trás das câmeras os dois são amigos de longa data. Mesmo com uma mudança muito bem-vinda na dinâmica entre os personagens, que deu mais destaque ao papel de Martin dessa vez em comparação aos filmes anteriores, os dois continuam em sintonia como o cerne da franquia.

Com easter-eggs e participações bem especiais, uma estética neon de encher os olhos, e ainda uma trilha sonora pop latina capaz de te fazer dançar na poltrona, “Bad Boys: Até o Fimentrega um entretenimento compatível com a grandiosidade das telas de cinema!

NOTA: 3,5 de 5

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